domingo, 25 de outubro de 2009

Saudade

Morrer, Morrer e depois tornar-se lembrança ínfida...

Ser, Crescer e ter... logo após transformar-se na eternidade de meus atos.

Cuidado comigo! Com a tristeza profunda em que posso nos afundar, ou te afundar.

Eu quero mesmo é você...
Sem esperas, Sem demora, eu vou me apagar.
Eu vou partir, vou acabar, irei voando para os grossos braços do nada.

O desleixo é a pedra que me sustenta, vivo no parafuso e na confusão do meu ser.
Meus passos são descuidados, e eu não me importo se isso vai me levar ao encontro de uma ilusão, já que eu vivo enterrada na ilusão de ser.
Eu sou formada por pedaços, por medo em pequenas partes repartidas na minha alma transparecida.

Quero estar viva eternamente na lembrança...
Derrotar a carne não faz com que o contexto de carne seja jogado no corredor do esquecimento. As coisas unipotentes são infidas e eternas... porém sensíveis ao tato.
Quero viver cada momento como último, e fazê-lo morto antes de lembrá-lo... porque.. bem, porque eu não quero ter tempo de sentir saudade.

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