domingo, 27 de junho de 2010

27

Tem(p)o o Tempo.
Tal como é: Simples Tempo.
Palpitar de relógio quase ingênuo anunciando que o dia de hoje chama-se “27!” “Muito Prazer”.
“Chame-me de Nostalgia ou Saudade”.


Hoje.
(Ho)(Je)
Algum francês diria: Oh! Je peux, e na hipótese mais banal sairia Oh! Je T’aime.
Amor por Amar. Amar por Amor. E lá se vai mais uma grande vida desperdiçada pela própria brutalidade da vida.
Realidade, o que respeito em ti, é que castigas só por existir.


Agora
deitam-se comigo rosas de um pântano distante, que possuem a forma mais bela e singular de viver.
Belas Criaturas nascidas das sombras e da sensatez.
Flores de Lótus que reluzem.


Mas flores que nascem do lodo, ironicamente, demoram a morrer para mim, pois as amo infinita e platonicamente por serem tão belas, puras, mudas, violentas, cheias de vida e compreensão que, possivelmente, elas se desfazem do lado mau que escondem, pois sabem que suas existências, imersas em minha essência de uma forma muito oculta, não se parecem com nada: Simplesmente existem.
São simples rosas que logo quando eu tiver coragem, hão de desaparecer como simples mistério que já desvendei.



Tu
Simples: (TalcomoésUbíquo)


Vejo, sentada ao lado de um caçador (de sentidos)
A Lua que me emudece
E perto dela voam Milagres,
Migalhas,
Meu carinho pela tua alma.


Estás no espaço
Encostado em um pomar secreto
Secreto e mudo


E minha alma agora pode viver em paz
Fingindo que leu teus desejos
Guardando na sombra da tua vida
Todo teu mistério
Para não sofrer.


Good Night, Bacterium
(Boa Noite, Bactéria)
I see the birds shinning
(Eu vejo os pássaros brilhando)
And life scaping
(E vida escapando)
Faraway my hands .
(Longe de minhas mãos)

Life is now an endless accident
(A Vida é agora um acidente infinito)
Without you
(Sem ti)

terça-feira, 22 de junho de 2010

Sorrow


O Mundo te condena prematuramente
E me obriga sobreviver longe de ti
Para que sua existência não seja castigada logo do primeiro ato
E ainda possa alimentar-se de mim
Tornando-me fraca e inútil,
Entre as paredas que me separam da minha miséria e de tua benevolência.


Esse mundo, por ter me concebido o ar , é em suma indigno de compreender
Pois toma de mim o direito de conhecer a tua vida.
E adorar a tua boca que brinca em mil rotações.
Porém o perdoo
Pois se caso ele não existisse,
Eu não teria chegado até essa metamorfose de hoje
Eu jamais conheceria a tua essência


Pois ele sequer conhece o modo que tu sorris,
Nem o barulho do teu pulmão quando estás ofegante
Mas sabe que és, de todos os seres, o único capaz de mostrar-me a razão de minha própria loucura.
Não obstante, o Mundo me ama como tu.
E me prende em sua gaiola
Onde eu sou apenas um pássaro que chora,
Que dorme,
Que grita,
E principalmente que sonha.
Para assim,
Colecionar milhões de fantasias que me salvem do silêncio
Que é compreender que na estrada que sigo tu estás longe do meu alcance.

E é assim que sobrevivo aos dias
Que vagam em um sentido oposto da vida
Que eu mimeografei em minha retina.

O Dia da Glória,
Aquele primeiro dis do mês de Dezembro
Que me fariam reconhecer teus dedos
Agora é só uma mínima lembrança
Do que nos foi roubado.

Assim, quem sabe, pagaremos pelo nosso pecado
Sobre tudo que esperávamos
E esqueceu de acontecer.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Boa Noite, Bactéria


Tu és como uma bactéria
Que se adaptou ao meu organismo
Que invadiu meu peito e se calou por lá


Eu ainda não te conheço por inteiro
Mas venho pela parte da noite para entender o que tu és
Se és matéria
Se és real
Porque até aonde eu conheço a tua alma
És apenas uma parte fantasiosa do que eu nunca acreditei,
mas do que eu sempre aceito por não conseguir viver só.


Porque a educação que tanto falas que possui em si não tem sentido
Já que entraste em mim com um súbito Desespero
Daqueles que passam colecionando todas as alegrias humanas
e depois despejam dentro da minha agonia
Alguma coisa sobre a vida.


O teu nascimento também não se justifica
Porque nasceste na rua debaixo
Perto de mim
E deverias ter permanescido aqui
Não obstante, partiste.


Mas a verdade é que diferente de ti, eu não amo teus pés
Inclusive os cortaria
Para que tu nunca pudesses sair da minha carne
Que vivesses gentil e pacífico dentro de mim
E se precisasses morrer, que te deteriorasse aqui
Perto do meu corpo
Das minhas veias e da minha derrota

No Sábado passado
quando tu me mandaste aquela fotografia ridícula
- E só era exatamente ridícula porque em suma era de mim que ela emoldurava a dor.
Aconteceu de meus olhos se esforçarem para não te repreender
Porque ali tu me jogaste a verdade do mar
E fizeste com que eu conhecesse a mim
Que caminhei pela vida tomando caminhos opostos ao que deveria
Para ir de encontro a ti


Mas agora
Que és bactéria e cansaste de sê-lo
Não paras para me ouvir um segundo
E me fazes recomeçar tudo que tem dentro de mim
Como se eu fosse uma máquina que te desse vida
Que te desse voz
Que te mostrasse que não és só.

Um dia as coisas se encaixam ou se separam de vez
Só que tu ao me deixar
Levou todo meu corpo contigo

E agora Londres não é tão mais bonita
Nem me lembra a tua pessoa
Pois as bicicletas agora rodam sozinhas
E os dois intimos amigos já caíram da prateleira
Não há mais pessoas na rua
A Cidade perdeu a luz

Eu já não tenho guia
Só tenho minhas lágrimas
que trouxeste gota por gota do mar que nos separa

E hoje é tristeza
Porque eu não sei o que acontece
Nessas passagens da vida
Que me fazem perder a morada

Porque diante da vida eu me curvo
E me nego para o mundo
Mesmo sabendo que o preço disso é não respirar.

Porque a minha existência depende da tua
E eu que nunca tive cura
Comecei a tentar amar.

Boa Noite, Bactéria.

domingo, 6 de junho de 2010

Silenzio


Se tu te comunicasses comigo pelo teu silêncio
E não pelas garras que me mostras quando eu te apresento a outra face da minha vida
Eu prometeria te mostrar
A realidade das tuas mãos

Se tenho três irmãos
Dois cachorros
E um teatro
Isso não te preocupa
Mas se os tenho e da tua existência os escondo
Tu te exasperas
Me julgas cruel
Dizes que não acredita
Choras em cima da pedra

Mas se eu te nego a essência dos outros
É para te livrar do peso que o mundo carrega
E não para te crucificar
Para que vivas só em meu quarto
E nele a tua tristeza nunca possa habitar.

Quero ver a tua complacência coecer-me
E a tua ignorância calar-se em tua boca
Para que possamos construir um mundo que é só teu e meu.

Que não precises sofrer
Quando sentarem na mesa da tua casa
E reclamarem da tua própria comida
E da lampada que invade a tua agonia
E ofusca a tua vida

Quero que jogues
No fundo do poço
A tua coexistencia com o mundo
E que vivas assim
Em eterno silêncio
Entre mim e minha alma

Para que meu amor por ti se permute
nas tuas próprias faces
E nunca se perca
E minha vida se entrelace na tua
Acima do transcedente.
Como areia no tempo.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Viva o anarquismo!
Viva a arte e o conhecimento!
O homem como o homem!
A existência e a essência em intimo contato!
O ser e o aparecer se relacionando e transformando a vida não em um inferno, mas eu m um convívio!
Viva!