terça-feira, 10 de maio de 2011

História de Sr. Caracol.


zi zi zi zi zi zi zi zi zi zi zi zi zi....
buuum!
Lá se vai meu coração
desajustado a mil pedaços
desagregado de seu ser
coração apaixonado
que não conhece o mundo,
nem os sentimentos,
nem as coisas:
mas que conhece os vestidos,
os brinquedos,
as maçãs mordidas do domingo de sol.

T-T-T-T-T-T-T--T-T--T-T-T-T-t...
gloc!
Meu coração se restitui
refeito por mil abraços
orgulhoso em viver
coração abobalhado
que não se sente mais tão moribundo,
que agora zomba de qualquer um dos seus antigos sofrimentos,
livre de todos os medos:
Tardes róseas. Bocas sedentas. Buquês de girassol.

TRAQ-TRAQ-TRAQ
CREQ!
Lá se foi meu coração
reduzido a pó e fracassos
Precisando se abster
coração estraçalhado
que caiu num fim profundo,
Repleto só de lamentos
virou vazio do fim de um rochedo.
Perdido em mim, sou caracol.


e eu sei que choro perdido como o cão, mamigo.
Mas traga aí mais uma cachaça, que depois da quinta, a gente num se alembra mais das coisi

segunda-feira, 14 de março de 2011

Diálogo de dois apaixonados

Ela disse jogando o pano quente contra o peito de Guilherme:
- Vá tomar no cu
- Vá você
- Bem no meio
- Do seu olho
E Larissa dá uma risada esquizofrênica, apaixonada, o jogou no sofá:
- Eu te amo.
- Eu também te amo, mas vamos ver agora quem é que vai tomar no cu.

Amo (r)- te


Dorme, dorme meu coração
já velho e contrariado
na pele alva dessa mulher.
Na desgraça de sua bebida
No crime de seu corpo
Na injúria de seu ardor
Na crueldade de suas palavras
Na conformidade de sua mentiras.

Na bestialidade de sua face
Face quase ingênua
livre de grandes acontecimentos
Face de mil mares
Mentiras da tua emoção.

Emoção ainda que porca,
emoção-decomposta,
emoção-matadouro,
emoção-morte.
Emoção de ter-me assim
tu que és mulher
que és culpada
que és silêncio e dor.
Que me transformaste, pois eu era a sombra do entardecer.

Clara manhã, tu és cruel
Manhã de mar, tu me derrubas
Manhã de sol, tu me incendeias
Manhã de chuva, tu me rejeitas.

Clara manhã, tu és amar.
Tu és Amor.
Tu me cobras e eu te dou, durante duas horas ou mais, todo o meu ardor.

Se eu não me conheço


Se eu não me conheço
Sou só miragem de mim
e meu rosto é mera lembrança
Como uma notícia velha de um navio que afundou no mar.

Se eu não me vejo
pego minhas malas e e viajo
Para que dentro de alguma galáxia meu ser se pinte e se funda à mil estrelas- de chumbo e de luz
E eu me (re)faça
Crie alma
e natureza.

Se eu não me distingo,
a face pesada de grandes histórias de heróis nunca me abalarão.
Pois são apenas mentiras de marinheiros, que amam o mar, por jamais terem contemplado o céu

Se eu não me conheço...
Ah é porque me esqueço...
da brutalidade da vida contada nos livros
para antes vivê-la fora de toda a razão.

E se me desconheço
É porque em mim há
a vontade de viver com paixão.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Eu quero um amor...


Eu quero um amor que me deixe extasiada, mas que me faça sentir o seu toque.

Eu quero um amor que me beije na chuva, que me puxe pela cintura e dance até amanhecer.

Eu quero um amor que caiba nas minhas mãos, mas que seja grande o bastante pra invadir minha alma.

Que seja forte o bastante pra preencher meu coração, mas sensível o bastante para não quebrá-lo


Eu quero um amor... Eu quero um amor que me mantenha acordada, e mesmo assim, que me deixe descançada.

Eu quero um amor que me conte histórias, que me pegue pelas mãos e me ame até anoitecer.

Eu quero um amor que caiba na minha cabeça, mas que seja do tamanho perfeito para nunca sair do meu coração.

Que seja frágil em suas dores, e alegre em suas vitórias.

Eu quero um amor que me prenda nos braços, mas que deixe meus sentidos livres.

Eu quero um amor que divida minha voz, mas que misture seu cheiro com o meu.

Um amor que cheire a café fresquinho pela manhã, a queijo derretido no começo da tarde,flores desabrochando no início da noite.


Eu quero um amor que me diga a verdade mesmo eu estando feia, mas que me trate como um anjo.

Eu quero um amor que me complete, e que só seja completo comigo.

Um amor que acorde cedinho só para me olhar, e que finja estar dormindo para quando eu acordar olhá-lo também.

Eu quero um amor que goste de sonhar comigo e que me deixe sonhar com ele.

Eu quero um amor que não se importe com meu cabelo bagunçado, meu mau-humor e minha vida confusa.

Ou que se importe, mas que me ame assim mesmo.

Eu quero um amor que tenha altos e baixos comigo, mas que esteja sempre tentando estar no meio.

Um amor primavera, verão, outono e inverno.

Um amor um, dois, três quatro.

Um amor preto e branco.

Um amor amigo.


Eu quero um amor que se importe com o céu e com as flores, e que não se mate de preocupação pela a conta de luz.

Que seja um doce, mas que saiba punir minhas loucuras.

Eu quero um amor que compreenda a minha loucura e que me transforme em mais sã.

Um amor-paixão, amor-loucura, amor-cristão, amor-ardente.

Um amor cinco, seis, sete, outro.

Um amor colorido.

Um amor presente.


Um amor completo, um amor meu, mas que me ensine a viver na primeira pessoa do plural.

Um amor liberto, um amor cristão, um amor ateu. Que me ensine a viver na primeira pessoa do plural.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Nós


Das tuas veias sai o gosto amargo
Da realidade que eu não sei viver
Da realidade que reneguei pelos vales e montes
Durante a passagem do vento e do tempo
Até compreender que apenas sou o que és
Como um duplo espelho de nós

Não obstante, renego-me a ser isso
Porque "isso" é nada
E no nada cabe tudo
Exceto as coisas pelas quais não sei sofrer.

O peso do teu corpo frágil e magro pesando ao lado de minha cama
Acorrentado pela liberdade que escolheste viver

Conheces o peso da tua Liberdade
E também o peso da minha,
que viaja pelos teus olhos
Sem nem mesmo eu te tocar

Porque no fundo vives em minha alma
Solta e ao léu
Neste mundo que de tão frágil e pacífico
ficou preso no Silêncio eterno nossos pés afastados.

domingo, 27 de junho de 2010

27

Tem(p)o o Tempo.
Tal como é: Simples Tempo.
Palpitar de relógio quase ingênuo anunciando que o dia de hoje chama-se “27!” “Muito Prazer”.
“Chame-me de Nostalgia ou Saudade”.


Hoje.
(Ho)(Je)
Algum francês diria: Oh! Je peux, e na hipótese mais banal sairia Oh! Je T’aime.
Amor por Amar. Amar por Amor. E lá se vai mais uma grande vida desperdiçada pela própria brutalidade da vida.
Realidade, o que respeito em ti, é que castigas só por existir.


Agora
deitam-se comigo rosas de um pântano distante, que possuem a forma mais bela e singular de viver.
Belas Criaturas nascidas das sombras e da sensatez.
Flores de Lótus que reluzem.


Mas flores que nascem do lodo, ironicamente, demoram a morrer para mim, pois as amo infinita e platonicamente por serem tão belas, puras, mudas, violentas, cheias de vida e compreensão que, possivelmente, elas se desfazem do lado mau que escondem, pois sabem que suas existências, imersas em minha essência de uma forma muito oculta, não se parecem com nada: Simplesmente existem.
São simples rosas que logo quando eu tiver coragem, hão de desaparecer como simples mistério que já desvendei.



Tu
Simples: (TalcomoésUbíquo)


Vejo, sentada ao lado de um caçador (de sentidos)
A Lua que me emudece
E perto dela voam Milagres,
Migalhas,
Meu carinho pela tua alma.


Estás no espaço
Encostado em um pomar secreto
Secreto e mudo


E minha alma agora pode viver em paz
Fingindo que leu teus desejos
Guardando na sombra da tua vida
Todo teu mistério
Para não sofrer.


Good Night, Bacterium
(Boa Noite, Bactéria)
I see the birds shinning
(Eu vejo os pássaros brilhando)
And life scaping
(E vida escapando)
Faraway my hands .
(Longe de minhas mãos)

Life is now an endless accident
(A Vida é agora um acidente infinito)
Without you
(Sem ti)