terça-feira, 1 de setembro de 2009

Esquecer aos poucos


Não quero mais te colocar pra baixo
Nem passar a semana toda - sem te ouvir nenhum minuto- e só te dizendo o que eu acho.
Ou te ver infeliz - e ficar muito triste- , e não poder te confortar.
Pra mim, você não merece isso.


Cansei amor, de te ver chorar.
Não posso mais me apoiar em ti, pois o meu peso é do tamanho do teu mundo... e sem que você perceba eu vou - de uma hora pra outra - te esmagar.

Eu tô saindo, viu?! Eu tô indo embora pras bandas de lá.


E tô fechando a porta. Por isso, fecha os seus olhos, segura seu coração e tampa logo o ouvido.


E quando eu sair,
Por favor, não morre, como Getúlio fez.
Não some como o Adolfo
Não chora como a Madalena
Não peca como o Lúcio
Não despenca como a Bianca
Não te perde, como eu me perdi.

Se estou aqui, a me despedir de ti...
é porque eu realmente me perdi. Pequei. Chorei. Despenquei. Sumi. Morri.


E eu me perdi, como tu não deves jamais te perder.
Eu pequei, como um Lúcio
Eu chorei, como uma Madalena
Eu despenquei, como uma Bianca
Eu sumi, como um Adolfo
E estou morrendo, como Getúlio se foi.

Você vai superar.

Assim como eu aprendi a te cativar, você aprenderá- um pouquinho mais a cada dia- como me esquecer.
Esquecer aos poucos os buracos
Esquecer aos poucos os fracassos
Esquecer aos poucos o que eu acho
Esquecer aos poucos a infelicidade
Porque eu jamais - enquanto vivermos nesse mundo - poderei te confortar.

Adeus, Amor.

Eu nunca mais vou te colocar pra baixo
Nem passar a semana toda ouvindo teu silêncio e tagarelando sem parar.
Ou te ver infeliz, e não poder nada fazer para tua dor passar.
Porque pra mim,
você jamais - nunca, nunquinha- mereceu isso.

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