domingo, 30 de agosto de 2009

Por onde anda meu passarinho?








Eu tinha um passarinho
Que gostava de me contar como foi o dia pelo mundo afora - apesar de nunca ter saido da gaiola-
Mas, infelizmente agora
Ele foi embora de fininho




E eu gritava desesperado: Cadê meu passarinho?
Devia estar em casa, pois já passou da hora.


Quando eu tive um passarinho - e ah.. como eu amava aquele ser todo mirradinho.
Eu não me importei, nem um instante,
se ele sentia medo
se ele sentia fome
se ele sentia sede
se ele queria amor
se ele não queria amor
se ele queria um nome
se ele queria brigar
se ele precisava de paz
se ele queria ser um rapaz - ou se ele odiava os homens...
ou se queria simplesmente sonhar.


Eu só queria que ele ficasse ali, parado, naquela gaiola
cantando pra mim.




Quando eu tinha um passarinho - e ah... como ele me amava... eu sei que ele me amava.
Eu não perguntei, nunca,
se ele gostava da dimensão daquela gaiola
se ele gostava quando eu fechava a porta e ia embora
se ele não se importava quando eu o acordava no meio da noite - e o acordava, porque queria ouvi-lo cantar.
ou se odiava quando, pela parte da manhã, eu não queria ouvi-lo cantar.
se ele queria me ensinar o seu modo de ver o mundo
ou se ele queria sair um pouco da gaiola e sentir meu corpo
se ele sentia muito muito muito frio, quando eu deixava a janela aberta e só depois de muito tempo me lembrava de fechar.


Agora, como eu não tenho mais um passarinho
eu vivo pelo mundo, tão sozinho
que sinto meu ser metade vivo, metade morto.


Sinto sua falta, amiguinho...
aonde quer que você esteja.
E no lugar da tua ausência, passarinho
Nasceu uma flor
A flor da esperança.
A flor, passarinho.
A flor: Passarinho.
Passarinho: a flor da esperança.


P.s.: E passarinho, as vezes eu pareço uma criança
Olhando na beira da janela, com tanta perseverança
fantasiando que você vai voltar.
P.s.: Você pode ao menos continuar a cantar aquelas lindas canções nos sonhos pra mim?

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