sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Quando as flores murcharam.


Os verdes olhos - eles ainda são verdes?
Os olhos verdes - eles realmente eram verdes?



Não, verdes como as plantas que ele deitava para descançar(dentro de si mesmo) jamais de novo serão.



A pele branca - ainda está branca como a neve?
A branca pele - e agora, como é que escuresse?

Sim, mais brancos do que nunca, como uma noite que nunca existiu.



Essa é a história do menino branco que se apaixonou pela beleza negra - ele realmente se apaixonou?
Sim, se apaixonou.
E dançou no relento,
Se jogou no tempo - e agora se perdou no tempo.
E caiu na alvorada,
Devolveu ao mundo a esperança roubada



E morreu.

Essa é a história do menino de olhos verdes que ficou eternamente imerso no jardim de seus próprios olhos.

Mas e como ficou o jardim? O jardim existiu?

É simples: foi a beleza negra, aquela beleza negra que ele esperou a vida toda dele para encontrar que plantou o jardim dentro de seus olhos, por isso, eram tão, tão, mas tão verdinhos.
E o pior de toda a história é o que aconteceu aos seus olhos: Ele ficou cego quando as flores murcharam.

E por quer murcharam?
Por que o amor faltou.
E choveu,
Fazendo frio - muito frio.



A pele dele, que era tão branca - da cor da neve - era o próprio gelo da sua febre.
E o mais doloroso de toda a história é o que aconteceu a ele mesmo.
Na verdade, ele foi o criador de sua própria história.


Mas eu sinto falta dele.

ps: E quem sou eu?
Sou a desgraça verde de seus olhos...
Sou o esquecimento branco de seu corpo...
E,
principalmente,
a escuridão do seu amor.



Com amor.


2ps: Com muito amor mesmo.

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