terça-feira, 22 de junho de 2010

Sorrow


O Mundo te condena prematuramente
E me obriga sobreviver longe de ti
Para que sua existência não seja castigada logo do primeiro ato
E ainda possa alimentar-se de mim
Tornando-me fraca e inútil,
Entre as paredas que me separam da minha miséria e de tua benevolência.


Esse mundo, por ter me concebido o ar , é em suma indigno de compreender
Pois toma de mim o direito de conhecer a tua vida.
E adorar a tua boca que brinca em mil rotações.
Porém o perdoo
Pois se caso ele não existisse,
Eu não teria chegado até essa metamorfose de hoje
Eu jamais conheceria a tua essência


Pois ele sequer conhece o modo que tu sorris,
Nem o barulho do teu pulmão quando estás ofegante
Mas sabe que és, de todos os seres, o único capaz de mostrar-me a razão de minha própria loucura.
Não obstante, o Mundo me ama como tu.
E me prende em sua gaiola
Onde eu sou apenas um pássaro que chora,
Que dorme,
Que grita,
E principalmente que sonha.
Para assim,
Colecionar milhões de fantasias que me salvem do silêncio
Que é compreender que na estrada que sigo tu estás longe do meu alcance.

E é assim que sobrevivo aos dias
Que vagam em um sentido oposto da vida
Que eu mimeografei em minha retina.

O Dia da Glória,
Aquele primeiro dis do mês de Dezembro
Que me fariam reconhecer teus dedos
Agora é só uma mínima lembrança
Do que nos foi roubado.

Assim, quem sabe, pagaremos pelo nosso pecado
Sobre tudo que esperávamos
E esqueceu de acontecer.

Nenhum comentário:

Postar um comentário