quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Carne.
Cabelos.
Ossos.
E uma injeção de anthrax para acalentar a alma
Deterioram-se no palpitar do relógio os olhos tristes da solidão,
e vão se pondo,
dando lugar a carne prostituida da mulher que já não sabe o que faz.
Simples seria não viver ao ter que ver um resto de pureza escorrer como lágrimas pelas ruas da bela Paris...
Pelas águas do Canal da Mancha, até algum lugar finito que não tenho conhecimento.
Talvez a casa de alguém.
Que massificação é a infelicidade
Mãe da utopia
Mãe da poesia
No final, mãe de ninguém.
Só resta o fundo do poço
Nada de nada
E Edith...
nua e póstuma no frio da cidade que a condenou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário